Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024
Em Diadema, GCM usa truculência em protesto

Apesar de ato contra terceirização da Saúde, proposta foi aprovada na Câmara

Com pancadaria e uso de gás pimenta, o protesto contra o projeto de lei que amplia a terceirização na Saúde de Diadema contou com a truculência da GCM (Guarda Civil Municipal) contra manifestantes contrários à matéria, na tarde desta quinta-feira (21/05), no Legislativo. O clima de tensão foi agravado devido à presença de integrantes de uma torcida organizada do time de futebol Água Santa, e também do secretário de Esporte e Lazer, Antonio Marcos Ferreira da Silva, o Marquinhos. No fim, a redação foi aprovada definitivamente por 11 votos a nove.

Liderados pelo Sindema (Sindicado dos Funcionários Públicos de Diadema), cerca de 400 manifestantes ocuparam o auditório do Parlamento às 13h30, antes da sessão começar. O ato tinha como finalidade pressionar os vereadores para que adiassem a votação do projeto que autoriza o governo do prefeito Lauro Michels (PV) a contratar OSSs (Organizações Sociais de Saúde) para administrar equipamentos de Saúde.

Para impedir uma nova ocupação no plenário, como ocorreu na semana passada, o presidente do Legislativo, José Dourado (PSDB), acionou a GCM, que fez um cordão de isolamento perante o público. A confusão teve início por volta das 15h, quando a Mesa Diretora fazia a leitura do projeto. Os manifestantes tentaram ocupar o plenário, mas os guardas impediram com uso de escudo. A sessão chegou a ser interrompida por uma hora.

Em seguida, torcedores de uma organizada do Água Santa entraram no auditório, acompanhados por Marquinhos, fato que agravou o clima tenso na Casa. Por volta das 16h30, os uniformizados fizeram um cordão frente à mureta que separava o plenário do público, o que gerou uma nova confusão com os manifestantes. 

Acompanhado pelos torcedores do Água Santa, Marquinhos desconversou sobre a razão de estar na sessão, durante o expediente na Prefeitura, mesmo que o projeto em votação não fosse relacionado à Pasta de Esportes. “Estou aqui só de passagem”, resumiu.

Sob proteção dos escudos da GCM, os vereadores votaram a proposta por volta das 17h. Apenas as bancadas do PT, PSB e PMDB se posicionaram contrários à redação. Com a aprovação do projeto, os manifestantes arremessaram papéis, garrafas de água e ovos em direção ao plenário. No incidente, mais um confronto entre guardas e servidores ocorreu, desta vez com uso de cassetetes e gás pimenta para conter o público. Muitas pessoas foram obrigadas a sair do prédio para respirar.

Após a sessão, o ABCD MAIOR tentou entrevistar o presidente do Água Santa, Paulo Siqueira, no lado de fora do prédio do Legislativo, mas o mandatário se recusou a prestar esclarecimentos. Agora aprovada no Legislativo, o projeto de lei parte para a sanção no governo. A oposição promete entrar com boletim de ocorrência contra Marquinhos, que não localizado novamente para comentar o caso.

Fonte: ABCD Maior


Imprimir   Enviar para um amigo

Comentários

*Nome:
*Email:

*Comentário:

Seja o primeiro a comentar!

Vídeos