Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
Prefeitura, de costas para funcionalismo, nega reajuste da inflação!

Em reuniões durante o mês passado, a direção da prefeitura se negou a honrar seu compromisso de repor integralmente a inflação, conforme acordo firmado durante a nossa greve de 13 dias em abril deste ano.

Nosso salário de julho deveria ter sido reajustado em 1,39%, o que não ocorreu. Passou agosto e vai entrando setembro sem nenhum sinal de disposição real do governo em honrar este compromisso básico.

A tática é conhecida: reuniões inconclusivas, declarações de intenções e nada de concreto enquanto nossos salários vão derretendo. Corremos atrás da inflação passada enquanto os preços aumentam aqui e agora.

Como sempre, o governo alega “dificuldades financeiras”e os limites impostos pela LRF, que deveria ser chamada de Lei de Irresponsabilidade Social, pois limita o gasto com pessoal, essencial para uma boa prestação de serviços à população.

As dificuldades financeiras são alegadas por todos os governos, mas o que questionamos são as reais prioridades: garantir os direitos básicos do funcionalismo ou gastar dinheiro público em contratos ou projetos duvidosos?

Ai, as alegações do governo não convencem, pois há várias contradições no seu discurso:

- com os dados disponíveis até aqui, o comportamento da receita em termos reais em 2015 é aproximadamente similar ao ocorrido em 2014 (dados da Prefeitura: Arrecadação Liquida (Tesouro): até Junho 2014 – R$ 312,333 milhões e até Junho 2015 – R$ 338,819 milhões (em termos nominais, receita de 2015 superior à de 2014 em 8,48%).

- há uma receita extra significativa nestes anos oriunda do acordo entre prefeitura e Sabesp com a extinção da Saned, então a “dificuldade financeira” não é bem assim!

- o número de funcionários públicos vem caindo ano a ano, não há reposição nas vagas das pessoas que se aposentam, e principalmente nasaúde há muitas saídas devido ao autoritarismo das chefias e situações de assédio moral

- os gastos com terceirizações e contratos inexplicáveis só aumentam, vide os exemplos do SESI e Planeta Educação (recentemente rescindido pela Prefeitura, alguém ai sabe quanto foi gasto com este contrato e para que ele serviu?)

- a promessa de campanha do prefeito de reduzir em 30% o número de cargos comissionados foi mais uma demagogia sem consequência prática, conforme matéria divulgada no Diário do Grande ABC de 1/07/2015)

Enfim, já ficou evidente que a disposição do prefeito em conduzir de forma séria e responsável o cumprimento do acordo da campanha salarial de 2014 é zero.

Mais uma vez, os funcionários públicos de Diadema estão chamados a garantir na luta os seus direitos legítimos. Vamos exigir da prefeitura que honre o acordo, pagando a parcela atrasada de julho (1,39%) e garantido que as demais parcelas do acordo sejam honradas (1% em setembro + 1,39% em novembro + parcelas acumuladas de 1,47% e 1,39% em dezembro).

Nossa luta é agora e é de todas e todos! Mobilize o seu setor de trabalho!

Participe das assembleias do Sindicato e reforce o Comando de Mobilização! Juntas e juntos somos fortes!


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