Dados oficiais do TCE confirmam: Prefeitura tem margem para dar nosso reajuste conquistado na greve de abril)
Todos se lembram da nossa greve de abril deste ano. Mais uma vez fomos à luta pelos nossos direitos, em especial pelo reajuste da inflação que temos conquistado, desde 2005, em sucessivas greves e mobilizações, independentemente de quem seja o prefeito ou a qual partido ele pertença.
Nesse ano foram 13 dias de muita luta para conseguirmos arrancar da Prefeitura o compromisso com um acordo que prevê que nossos salários sejam reajustados em 7,89% até o final do ano, em 6 parcelas, sendo: 3,5% de antemão assegurados (1% em abril + 1% em setembro + 1,47% em dezembro) e 4,24% condicionados à variação da receita e ao limite da LRF (1,39% em julho + 1,39% em novembro + 1,39% em dezembro).
A Prefeitura pagou as parcelas de 1% em abril e setembro, mas deu calote na parcela de 1,39% de julho e o prefeito já anunciou pela imprensa que não vai honrar o acordo alegando “dificuldades financeiras da Prefeitura”.
Como sabemos, dez entre dez prefeitos que passaram pela cidade nos últimos 30 anos sempre alegaram “dificuldades financeiras” para endurecer nas negociações salariais com o funcionalismo.
Ocorre que não é bem assim. A Prefeitura até hoje alegava que o gasto com pessoal correspondia a 52,56% da Receita Corrente Liquida, e que, portanto, não poderia conceder as parcelas “condicionadas” do nosso reajuste, já que o “limite prudencial” imposto pela LRF é de 51,3% da Receita Corrente Liquida.
Mas ocorre que dados divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado, na segunda quinzena de outubro, revisaram os cálculos e estabeleceram oficialmente que os gastos com pessoal no segundo quadrimestre estão em 50,70%, conforme tabela abaixo:
PERÍODO GASTOS RCL % GASTOS
ago/14 R$ 502.658.886,71 R$ 935.235.220,05 53,7468%
dez/14 R$ 508.857.991,61 R$ 952.616.242,50 53,4169%
abr/15 R$ 488.520.331,28 R$ 955.413.333,17 51,1318%
ago/15 R$ 484.415.252,63 R$ 955.350.862,58 50,7155%
* RCL - Receita Corrente Liquida
Portanto, está comprovado oficialmente, pelo órgão responsável por fazer o controle das contas da Prefeitura, que o gasto com o pessoal está abaixo do limite prudencial imposto pela LRF.
Isto significa que a Prefeitura tem plenas condições, e mais que isto, a obrigação, de cumprir o acordo celebrado após a nossa greve.
Mais um motivo para não arredarmos pé dos nossos direitos e lutarmos sem trégua para que o acordo seja plenamente cumprido ainda este ano.
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