Sexta-Feira, 29 de Marco de 2024
2016 valeu a luta! Que venha 2017: nenhum direito a menos!

O ano de 2016 vai se encerrando e ficará gravado em nossas memórias durante muito tempo como um período de intensas e importantes mudanças, reviravoltas e surpresas, com conseqüências importantes para nossas vidas e para o país.

Será lembrado como um ano que vivemos perigosamente, em que a democracia foi golpeada e nossos direitos foram seriamente atacados, mas que, em nenhum momento, deixamos de lutar e construir com nosso trabalho a esperança de tempos melhores.

Aqui em Diadema fomos à luta logo no começo do ano, com uma campanha salarial vigorosa que mobilizou fortemente nossa categoria, dando mostras de grande disposição de luta na memorável paralisação do dia 23 de março, que obrigou o prefeito a voltar atrás em sua intransigência e negociar um acordo salarial que contemplasse a reposição dos 14,88% das perdas salariais acumuladas até fevereiro de 2016.

Neste atual mês de dezembro teremos a última parcela deste reajuste (4,98%) incorporado em nossos salários, lembrando que as parcelas anteriores foram pagas em abril (4,24%), junho (2,46%) e setembro (2,46%).

É um bom momento para refletirmos e lembrarmos que foi a luta de muitas e muitos que garantiu este direito básico que é usufruído por toda a categoria. Foi assim, com muito esforço, que conseguimos que nossos salários não voltassem a ser arrochados.

Mas como a história não se cansa de demonstrar, os trabalhadores não podem vacilar um minuto, pois as tentativas de jogar o peso da crise econômica em nossas costas são constantes.

Foi assim que, em abril, assistimos a democracia brasileira ser golpeada com a deposição de uma presidenta eleita pelo voto popular, num espetáculo deprimente que chocou o pais, demonstrando o baixo nível dos parlamentares na votação do impeachment na Câmara Federal, depois confirmado pelo Senado no dia 31 de agosto.

Os parlamentares comandados pelo então presidente da Câmara foram os instrumentos do golpe tramado pelos bancos, grandes empresários e donos das grandes empresas de comunicação.

Como agora fica cada vez mais claro, o golpe não foi apenas contra a presidenta eleita, mas contra o conjunto da classe trabalhadora brasileira.

As medidas anunciadas pelo governo do “presidente” usurpador que ocupou de forma ilegítima o Palácio do Planalto não deixam margem à dúvida e afetam duramente as condições de vida do povo, sendo especialmente duras com o funcionalismo público de todas as esferas de governo.

É preciso uma reação à altura para barrar estes planos que querem impor a regressão social e a violência ao país, com a destruição da educação e da saúde públicas para garantir o pagamento de juros da dívida aos banqueiros.

Este é o verdadeiro objetivo da PEC 55 que foi aprovada na Câmara Federal no dia 29 de novembro e deve ser votada no Senado no dia 13 de dezembro, congelando os investimentos e gastos sociais por 20 anos.

Na seqüência da PEC 55, o governo já anunciou o envio de uma Reforma da Previdência que vai aumentar a idade mínima para aposentadoria das mulheres e atacar o direito à aposentadoria especial das professoras e professores e dos trabalhadores rurais. Ainda na pauta, a “flexibilização” dos direitos garantidos pela CLT e a extensão das terceirizações às atividades fins, com diminuição dos salários e perdas de direitos.

Durante todo o segundo semestre de 2016, a CUT organizou a luta contra estas medidas, com atos e manifestações, além de duas jornadas nacionais de greves e paralisações nos dias 22 de setembro e 11 de novembro, nas quais houve uma destacada participação do funcionalismo de Diadema.

Em 2017 os trabalhadores brasileiros estarão chamados a ampliar sua mobilização e colocar a luta num patamar superior. Os funcionários públicos de Diadema ocuparão seu lugar nesta luta.

Boas festas a todas e todos, e preparemo-nos para um ano novo de grandes emoções e conquistas, no qual renovemos nas nossas lutas o valor da solidariedade e do compromisso com a construção de um serviço público à altura dos direitos do nosso povo e da vida.


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