A luta das trabalhadoras e trabalhadores funcionários públicos de Diadema vai continuar forte em 2017, como nunca deixou de ser há muito tempo.

Mais que nunca será necessário estarmos atentos e organizados nos nossos locais de trabalho e na mobilização geral da categoria para evitar que nossos direitos históricos sejam desrespeitados.

Ao contrário da propaganda enganosa difundida recentemente pelo prefeito através dos jornais, foi apenas a nossa intensa mobilização durante a sua gestão anterior, com greve e várias paralisações, passeatas e protestos que garantiu o pagamento do mínimo que nos é devido, que é o reajuste da inflação que corroeu nossos salários durante os últimos anos.

Ou alguém esqueceu o calote que o prefeito tentou dar na categoria no final de 2015, desrespeitando o acordo firmado depois da greve que o obrigou a negociar?

Ou ainda o ocorrido em 2016, quando o prefeito só veio para a mesa de negociação depois de uma intensa mobilizou que culminou numa das maiores paralisações já realizadas pelo funcionalismo, com manifestação na Câmara Municipal?

E também agora, nada garante que nossas reivindicações sejam atendidas, a não ser a demonstração inequívoca e forte da nossa disposição de luta, mostrando que mais uma vez não toleraremos qualquer reajuste abaixo da inflação e, mais que isto, lutamos por aumento real e reposição das perdas históricas da categoria.

Desde já é preciso organizar nos locais de trabalho a grande assembleia de início da nossa Campanha Salarial 2017, que será realizada no dia 8 de março, dia internacional de luta das mulheres, maioria da nossa categoria que batalha no dia a dia para prestar serviços públicos de qualidade à população e sofre ainda com a dupla (muitas vezes tripla) jornada de trabalho.

É importante que conversemos muito com os nossos colegas sobre o dia a dia das relações de trabalho, a importância da organização para as grandes lutas que virão e também contra as opressões e situações de assédio moral infelizmente tão frequentes na Prefeitura, por despreparo e falta de compromisso profissional de muitas chefias.

Também é chegada a hora de retomarmos com força redobrada a luta pelo reajuste integral e recomposição do valor de todos os nossos benefícios como o Vale Alimentação e o subsidio ao Convênio Médico e extensão do Vale Refeição à toda a categoria.

Deve avançar a luta contra as terceirizações que consomem os recursos públicos e desorganizam a prestação de serviços, bem como a tentativa de implantar as famigeradas OSs no município.

Enfim, nossa pauta de lutas é extensa e vai exigir de cada um de nós muito companheirismo e consciência de classe para, juntos, vencermos mais esta batalha.

Cada vez mais fica claro que a classe trabalhadora sofreu um grande golpe em 2016, comandado pela mídia, pelo grande empresariado e pela maioria do Congresso Nacional que empossou em Brasília um governo usurpador para destruir os direitos dos trabalhadores e entregar a soberania e as riquezas nacionais ao grande capital estrangeiro.

Ao lado das nossas lutas em Diadema pela defesa dos nossos salários e condições de trabalho, estamos chamados também a participar das grandes lutas chamadas pela CUT contra a destruição do serviço público, contra a Reforma da Previdência e contra a Reforma Trabalhista que visa rasgar a CLT e fazer as relações de trabalho retrocederem à década de 1930 do século passado.

As manifestações do 8 de março e a greve geral da educação no dia 15 de março serão o pontapé inicial de um ano de grandes mobilizações da classe trabalhadora, na perspectiva de construirmos uma Greve Geral no pais capaz de derrotar os planos do governo golpista instalado em Brasília e do patronato que quer impor um retrocesso histórico aos trabalhadores brasileiros.

Vamos à luta! Juntos somos fortes!

ATENÇÃO PARA A NOVA DATA - Dia 07 de Março, às 18 horas, no Sindema - ASSEMBLEIA DE APROVAÇÃO DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES 2017