Depois de diminuir o valor do salário mínimo e enviar para o Congresso a Medida Provisória (MP) 871/2019, que pode acabar com a aposentadoria dos trabalhadores rurais, o governo de Jair Bolsonaro que está tentando acabar com a aposentadoria dos trabalhadores do campo e da cidade, deve enviar, até fim deste mês, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com novas regras para os trabalhadores do setor publico e da iniciativa privada.

De acordo com minuta da proposta vazada pela imprensa, homens e mulheres terão idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, não existirá mais aposentadoria por tempo de contribuição, e para se alcançar o benefício integral, o trabalhador terá de contribuir por 40 anos. Também querem introduzir a capitalização em contas individuais, modelo semelhante ao chileno, hoje alvo de grandes manifestações devido ao empobrecimento dos idosos no país e que, na prática, vai significar o fim dos pilares de proteção social da Previdência Social, deixando o futuro de milhões de brasileiros e brasileiros nas mãos dos bancos através de um modelo de capitalização (privado) com contas individuais. Esse modelo de capitalização deixa de garantir o salário mínimo e sua aposentadoria passa a ser apenas aquilo que o trabalhador conseguir poupar para si mesmo.

Contra este retrocesso, as Centrais Sindicais convocam, dia 20 de fevereiro, às 10 horas, em São Paulo, a Assembleia Nacional em defesa da Previdência Pública e Contra o Fim da Aposentadoria. Organizada e já convocada nos Estados e municípios pelas Centrais Sindicais, o encontro tem como pauta principal a defesa da previdência pública, aposentadoria e seguridade social, com definição de propostas, estratégias e formas de luta. Vamos à Luta!